Pé-direito alto e outras dicas para quem vai construir

Construir uma casa que tenha o seu perfil é a concretização de um sonho. Afinal, nada se compara a ter um lugar com a sua cara para abrigar sua família e receber os seus amigos. No entanto, para que esse sonho seja realizado da melhor forma possível, será fundamental planejar muito bem cada ambiente e prestar atenção em soluções que podem garantir conforto, bem-estar e sustentabilidade à residência.

Um exemplo de técnica que pode tornar o seu lar ainda melhor é apostar em um pé-direito alto. O recurso, que pode ser muito simples se já constar no projeto da sua residência, ajuda a criar uma área diferenciada, com requinte e inúmeras vantagens, como tornar o ambiente mais fresco. Você está planejando construir a sua residência em breve? Se interessa pelas boas práticas de construção e sobre projetos sustentáveis que podem trazer mais conforto e economia de despesas? Então siga lendo este conteúdo.

Por que apostar em um pé-direito alto?

Antes de começar a falar das vantagens de um pé-direito mais alto, vale voltarmos alguns passos atrás para tratarmos desse conceito. O pé-direito é a distância entre o piso e o teto na parte interna de uma casa. Normalmente, essa distância fica em 2,8 metros. Quando é maior do que isso, pode-se dizer que é um pé-direito alto. Nesses casos, o pé-direito da residência pode chegar a até 4,5 metros.

Essa ampliação do pé-direito costuma aparecer principalmente em áreas comuns, como sala de jantar, de estar ou no hall de entrada da residência. O pé-direito alto é muito valorizado no mercado e é considerado uma tendência entre arquitetos e engenheiros. Além de trazer sofisticação e requinte ao ambiente, esse recurso também proporciona mais conforto aos moradores e aos visitantes da casa.

Como o ar quente tende a subir, as casas com pé-direito alto são mais frescas e, dependendo da posição em relação ao sol e ao vento, dispensam o uso de ar-condicionado nos dias mais quentes. Outro ponto favorável dessa técnica é que ela dá uma amplitude maior para os espaços internos e torna todo ambiente mais aberto.

Porém, esse espaço a mais exige alguns cuidados. É importante investir em objetos de decoração como quadros e plantas para deixar o ambiente aconchegante. Além disso, um espaço maior entre o piso e o teto pode resultar em eco no ambiente. Usar materiais que abafam o som, como tecidos nas paredes e cortinas ou forros de gesso, pode ajudar a solucionar essa questão.

Outros recursos além do pé-direito alto que podem trazer mais conforto para o seu lar

Além do pé-direito alto, outros cuidados na hora de construir a sua residência podem garantir maior conforto térmico, acústico e comodidade para você e para os outros moradores da sua residência. Confira mais dicas:

1. Janelas grandes

Tem coisa melhor do que acordar e abrir a janela para o sol invadir a casa? Para conseguir maior circulação de ar e muitas aberturas de sol, é fundamental apostar em grandes janelas em todos os ambientes. Isso ajuda a evitar mofo, cheiros e contribui para o clima mais ameno na casa. Ou seja, torna a construção mais sustentável, saudável e confortável.

Outro ponto importante é que várias aberturas diminuem a necessidade de recorrer à luz artificial durante o dia. O que também significa menos gastos e mais sustentabilidade, além de ser um detalhe fundamental para deixar a casa mais aconchegante.

2. Posição da casa

Para garantir essa circulação de ar e luminosidade adicionais propiciadas pelo pé-direito alto, vale avaliar, junto ao arquiteto e ao engenheiro que são responsáveis pelo projeto da sua residência, a posição da casa em relação ao sol.

Definir isso logo no início do projeto pode evitar que os ambientes sofram muito com o calor no verão, com o frio no inverno ou que recebam mais ou menos vento.

3. Material adequado

No momento de elaborar o projeto da sua residência será importante aliar estética e funcionalidade. Muitas vezes, por exemplo, o morador sonha com um tipo de piso de madeira para a área externa, mas esse material se revela escorregadio e tem uma durabilidade menor do que a desejada e/ou planejada.

Projetos de construções em áreas litorâneas também devem levar em conta o fator da maresia. Se esse é o caso da sua residência, evite esquadrias de ferro, pois elas acabam enferrujando e se deteriorando devido a esse fator.

Para definir o melhor material para cada ambiente, converse com o seu arquiteto e com o seu engenheiro. Muitas vezes é possível substituir o material que você tinha planejado inicialmente por um similar que seja mais duradouro e mais fácil de limpar e de manter.

4. Atenção aos detalhes

Com tantos detalhes para resolver e decidir, é natural que a atenção na hora de planejar e construir uma casa esteja nos aspectos mais fundamentais, como na definição do número de quartos e de banheiros, na distribuição dos cômodos, na escolha do pé-direito alto e na própria disposição da residência no terreno.

Ainda que todos esses aspectos sejam importantes e devam ser decididos, preferencialmente, com a ajuda dos profissionais qualificados envolvidos no projeto, você não poderá esquecer de alguns detalhes importantes e que farão toda a diferença depois que a casa estiver finalizada — quando você poderá, finalmente, aproveitar o seu lar.

Por exemplo, um erro muito comum, principalmente nas casas mais antigas, é a pouca quantidade de tomadas disponíveis em cada cômodo. Hoje, com tantos aparelhos eletrônicos sendo utilizados no cotidiano das pessoas, será fundamental prever diversas tomadas em todos os ambientes para carregar celulares, conectar caixas de som e até panelas elétricas.

E nada de economizar no material e na mão de obra das instalações hidráulicas e elétricas! Além de serem itens de segurança, no caso de precisarem de conserto após a construção estar concluída, esses itens poderão resultar em mais gastos. Afinal, para resolver essas questões, será necessário quebrar paredes, gastar material e contratar pessoal especializado.

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